quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre o mercado de ações (parte 1)



Há algum tempo penso em escrever a respeito do mercado de ações, mas com a correria do serviço e as atividades da faculdade havia deixado essa ideia um pouco de lado.

Mas depois de conversar com uma amiga, vi que estava deixando de lado um dos assuntos que mais queria abordar no blog.

Sei que ainda não tenho bagagem o suficiente para abordar o a questão da bolsa de valores de forma completa, mas quero mostrar um pouco do funcionamento do mercado de ações para você que ainda está iniciando o aprendizado no mundo dos investimentos.



Em primeiro lugar, precisamos entender o que é uma ação.

Segundo o Wikipédia, ações são as menores partes do capital social, ou patrimônio, de uma empresa. Sendo assim, a pessoa que adquirir as ações de qualquer empresa de capital aberto negociada na bolsa de valores se tornará um pequeno sócio dela.

“E isso é bom?” você deve estar se perguntando. E posso dizer com muita segurança que... depende. Existem diversas variáveis que devem ser analisadas para saber se foi uma boa ideia comprar as ações das “fabulosas” empresas X do Eike ou se seria melhor ter arriscado seu dinheiro em uma desconhecida Ambev, quando ela abriu seu capital por volta dos anos 2000? Beemm, vou deixar para falar sobre como EU faço as análises das minhas empresas em um próximo post.

Mas voltando ao assunto, as ações são divididas em 2 categorias que são as Ordinárias e as Preferenciais:

Ordinárias: Não, elas não são ações pilantras, que não prestam e vão levar seu dinheiro embora. Ao contrário do sentido prejorativo da palavra, essa ação dá direito ao voto nas assembléias, além de ter o direito de receberem os dividendos.

Preferenciais: Elas são chamadas assim, porque tem a preferência no recebimento dos dividendos. E também, geralmente, tem uma porcentagem maior de proventos que o reservado para as ordinárias.

Quais eu prefiro? Geralmente, olho com mais carinho as ordinárias já que elas possuem tag along. Mas isso é um dos critérios que eu estabeleci para realizar meus investimentos.



Bom, e quais os benefícios de se investir em ações?

Bom, eu sou adepto do Buy&Hold e por isso através de estudos verifico quais são as empresas que podem me trazer os melhores retornos em médio e longo prazo (cerca de 15 à 25 anos). E esses retornos vêm na forma de dividendos, Juros Sobre Capitais Próprios e Valorização no preço da ação.

Irei explicar melhor cada uma dessas questões.

Dividendos: são uma cota ou uma porcentagem da divisão do lucro da empresa que é dividida entre todos os seus acionistas. E não podemos esquecer que esse valor pago já tem descontado o imposto de renda e com isso não é tributado na declaração do Imposto de Renda. No Brasil, as empresas listadas na BM&Bovespa devem distribuir 25% do seu lucro líquido ajustado (É o lucro líquido apurado depois de reconhecidos os efeitos da inflação nas demonstrações contábeis.)

Juros Sobre Capitais Próprios (ou JSCP): o funcionamento dessa forma de remuneração é semelhante ao dividendo. É uma parte do lucro que a empresa distribui entre os acionistas. A diferença é que aqui ainda não houve o desconto de 15% do IR e esse valor é descontado na fonte, ao contrário do dividendo que tem o desconto desse imposto no momento da apuração do lucro líquido. A grande sacada aqui é que para a empresa essa forma de pagamento dá uma bela vantagem, já que o a distribuição de lucros dessa forma entra na Demonstração de Resultados como despesa antes do lucro e com isso há um abatimento no valor a ser pago no Imposto de Renda.

Valorização das ações: Essa é a parte mais difícil de expor, pois o mercado é irracional. A maior parte das vezes vemos empresas com resultados piores ano a ano e o preço de suas ações cada vez mais altas. Isso se dá devido a boatos de melhora no cenário internacional, que tal país está em negociação com a empresa entre outras notícias. E de uma hora para outra, quando menos esperamos os preços caem e quem vendeu a casa para comprar as ações achando que elas bombariam, acaba ficando a ver navios. Não devemos nos espelhar nunca no fator preço para investir. Boas empresas se valorizarão enquanto estiverem com boa governança e bons fundamentos para se manterem no mercado.

Por isso, é de extrema importância ter uma estratégia bem montada para se fazer uma boa escolha de ações.

Bom, vou parar por aqui por hora. Semana que vem falarei mais sobre como se investir na bolsa, como escolher uma boa corretora e minha estratégia para escolha das ações.

E você? Já investe ou tem alguma pretensão de investir na bolsa? Deixem suas dicas e divida seus conhecimentos conosco nos comentários!

Abraços,


Daniel M. Ishihara

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